Já ouviu falar no termo especismo? Nesse post vamos conversar sobre o que significa essa palavra, e por que é um assunto relevante de se pensar.
Há séculos impera na sociedade uma ideologia antropocêntrica, que vê os animais humanos como separados e superiores à natureza, considerando-a um conjunto de recursos a serem explorados para suprir seus desejos e necessidades.
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Essa ideologia fica evidente nos mais diversos âmbitos sociais. Na nossa própria linguagem é comum o uso de expressões que mostram essa visão distanciada e separada em relação à natureza.
Alguém que não entende o que está sendo dito é “burro”; alguém mal educado, “cavalo”. “Vaca”, “piranha”, “porco”, “veado”, também são animais, seres da natureza, utilizados pejorativamente, como se fossem inferiores a nós, humanos. “Asneira” e “besteira” também referem-se a comportamentos vistos como ruins, incultos, não-civilizados.
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Muitos fatores nos trouxeram a esse distanciamento, inclusive, obviamente, interesses econômicos, políticos e de manutenção do status quo.
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No séc. XVII já haviam pessoas sensíveis ao abate de animais. Essa sensibilidade foi crescendo até o século seguinte, então a medida foi passar a matar os animais longe do olhar do público, que passou a comprar as partes dos animais mortos em açougues, sem precisar ter contato com a parte “desagradável”.
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O que os olhos não veem, o coração não sente (ao menos, não tanto). Assim, a grande maioria das pessoas continuou (e continua) comprando e comendo carne.
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Outras manifestações do especismo são: usar roupas com tecidos de origem animal; usar animais como ferramentas de ensino; explorar e exibir animais em atividades ditas esportivas ou de entretenimento; etc.
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Na contramão, temos o veganismo, buscando excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração ou crueldade com animais, para qualquer finalidade.
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Considerar as vidas de animais um custo necessário e justificável a interesses próprios para os quais existem inúmeras alternativas, é o mesmo que faz a mentalidade fascista e progressista, ao considerar vidas humanas (dos pobres, das minorias, dos oprimidos) um “preço” justo a pagar para atingir seus interesses.
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Assim, cabe a nós reconhecer as consequências dos nosso hábitos e comportamentos.
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O que tu faz pra reduzir tua participação nesse cenário?